Efeitos de dia tenso nos mercados devem atingir bolso dos consumidores 3t5p5j

Os efeitos da crise entre Arábia Saudita e Rússia ainda são incertos no bolso dos brasileiros. A notícia de que o preço internacional do petróleo despencou ao menor valor desde 1991 chamou a atenção dos consumidores, que ainda esperam preços mais íveis nos postos de gasolina.
Apesar de a Petrobras adotar, desde 2016, uma política de paridade internacional para definir o preço da gasolina, é possível que a queda no combustível não chegue às bombas.
De acordo com o economista Jason Vieira, a estatal deve esperar o conflito entre Arábia Saudita e Rússia se assentar para decidir o que fazer com o preço no Brasil. Ele explica, no entanto, que caso os valores continuem baixos, a tendência é que o preço também diminua no país.
“Isso porque nós não sabemos ainda quanto tempo vai durar essa crise. Quanto tempo a Arábia Saudita vai continuar essa disputa com a Rússia e como isso pode impactar o preço do petróleo no mercado internacional.”
Além da queda na gasolina, as altas consecutivas do dólar também tem intrigado os brasileiros, que se já observam um aumento no valor de produtos básicos, como alimentos.
É o caso da produtora cultural Aparecida Gonçalves. “Aumentaram bastante, bastante mesmo. Dólar foi lá para cima e agora vamos pagar o pato.”
O economista Leonardo Trevisan diz que os preços nos supermercados até podem subir, mas não imediatamente. Segundo ele, as importações e exportações serão afetadas primeiro.
“A nossa economia está em um ciclo e é algo recessivo. Temos forte desemprego e isso impacta diretamente no poder de consumo. É mais o poder de consumo do que o dólar que vai determinar uma subida de preço. O dólar vai impactar muito mais no processo de importação e exportação.”
Trevisan explica que o primeiro setor que deve ser atingido pela queda do petróleo e a alta do dólar é o de fertilizantes. Segundo ele, o problema do aumento de preço desse produto é que ele pode impactar diretamente nas vendas do varejo, chegando aos alimentos.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
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