Relatório Focus indica queda na inflação e manutenção da Selic em 14,7%% 1g4va

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Mediana para o IPCA caiu de 5,50% para 5,46%, menos de um ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%; déficit primário de 2025 seguirá em 0,60% do PIB, segundo o mercado

  • Por da Redação
  • 02/06/2025 12h44 - Atualizado em 02/06/2025 12h56
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Gadini/Pixabay Três notas de R$ 50 enfileiradas na vertical O Banco Central espera que o IPCA some 4,8% em 2025

O relatório Focus revelou que o déficit primário do setor público consolidado para o ano de 2025 se mantém em 0,60% do PIB. A meta fiscal estabelecida pelo governo para este período é de alcançar um déficit zero, com uma margem de tolerância de até 0,25 ponto porcentual do PIB. Para o ano seguinte, 2026, a previsão é de que o débito primário aumente para 0,66% do PIB, enquanto a meta fiscal estipulada é de um superávit de 0,25% do PIB. Essa mudança reflete um ajuste nas expectativas econômicas do governo. Além disso, a projeção do déficit nominal para 2025 foi revisada, ando de 8,93% para 8,89% do PIB. Para 2026, a expectativa se mantém em 8,50% do PIB, indicando uma certa estabilidade nas previsões para o próximo ano. A dívida líquida do setor público, em relação ao PIB, também apresentou alterações nas estimativas. Para 2025, a mediana subiu de 65,70% para 65,80%, enquanto para 2026, a previsão é de que atinja 70,13%.

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A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 5,50% para 5,46%. Agora, está menos de 1 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Considerando apenas as 55 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a medida ou de 5,50% para 5,42%. A projeção para o IPCA de 2026 permaneceu em 4,50% pela terceira semana consecutiva colada ao teto da meta. Um mês antes, era de 4,51%. Considerando apenas as 54 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana também ficou em 4,50%.

O Banco Central espera que o IPCA some 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme a trajetória divulgada no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio. O fim do ano que vem é o horizonte relevante do colegiado. Na última reunião, o comitê aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, de 14,25% para 14,75% o maior nível desde julho de 2006. Desde setembro, quando o ciclo de aperto teve início, os juros já subiram 4,25 pontos.

A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo. A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela 15ª semana consecutiva. A projeção para o IPCA de 2028 ou de 3,81% para 3,85%. Um mês antes, era de 3,80%.

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A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 continuou em 14,75% pela quarta semana consecutiva. Os juros estão nesse nível desde 7 de maio, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa em 0,5 ponto porcentual. Considerando apenas as 40 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para o fim de 2025 também se manteve em 14,75%.

Na ata da reunião de maio, o Copom afirmou que a taxa básica de juros está em nível “significativamente contracionista” e “já tem contribuído e seguirá contribuindo para a moderação de crescimento”. “Dadas as defasagens inerentes aos mecanismos de política monetária, espera-se que tais efeitos se aprofundem nos próximos trimestres”, afirmou o Comitê. Uma semana antes, no comunicado da sua decisão, o colegiado já havia tornado o seu balanço de riscos para a inflação simétrico e abandonado o forward guidance, deixando as possibilidades em aberto para a sua próxima reunião, nos dias 17 e 18 de junho.

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“Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, afirmou. A mediana para a Selic no fim de 2026 ficou estável em 12,50% pela 18ª semana consecutiva. Levando em conta apenas as 40 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária também se manteve em 12,50%. A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 16ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela 23ª semana consecutiva.

*Reportagem produzida com auxílio de IA e Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias

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