Procuradoria-Geral pedirá investigações sobre Dilma e Lula, diz jornal 6k11d

Dilma e Lula - EFE

A Procuradoria-Geral da República vai pedir a abertura de inquérito sobre condutas da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com o jornal Folha de São Paulo.

Se aceitas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), as investigações terão como base a colaboração premiada do ex-petista e ex-líder do governo, senador Delcídio do Amaral. A PGR também pedirá investigação sobre o ministro da Educação Aloizio Mercadante e o ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Marcelo Navarro, de acordo com a publicação.

Contra Lula e Dilma, pesa também o parecer da Procuradoria-Geral defendendo a suspensão da nomeação do ex-presidente para a Casa Civil. O órgão entende que o ato buscou atrapalhar as investigações da Justiça que envolvem o nome de Lula em Curitiba.

Na delação premiada, Delcídio disse que Dilma e Lula tentaram interferir nas investigações da Lava Jato.

Delcídio acusa Lula de ser o idealizador da conversa dele com o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, no qual o senador ofereceu alternativa de fuga para o preso na Lava Jato não fazer delação premiada. Este foi o motivo da prisão em flagrante de Delcídio.

O senador também afirma que a presidente Dilma nomeou Marcelo Navarro no STJ para que ele votasse a favor de empreiteiros.

Contra Mercadante, pesa a acusação de que ele teria tentado evitar a delação do próprio Delcídio. Há a gravação feita pelo assessor do senador, Eduardo Marzagão, de encontro com o ministro da Educação. Em um trecho dos áudios, Mercadante sugere que Delcídio espere e não faça “nenhum movimento precipitado” e diz: “pra ele não ser um agente que desestabilize tudo. Porque senão vai sobrar uma responsabilidade pra ele monumental, entendeu">AQUI.

Todos os possíveis investigados negaram as acusações à época em que elas vieram a público.

Outras investigações

Nesta segunda, a PGR já havia pedido ao Supremo investigações sobre o senador e presidente do PSDB Aécio Neves (MG), o deputado Marco Maia (PT-RS) e o ministro Vital do Rêgo. Também foram alvos de pedidos de inquéritos o presidente de Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ministro da Secom Edinho Silva.